Pega mal ao governo fazer indicações não técnicas para estatais, diz economista

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No domingo, 18 de agosto, Paulo Gala, o principal economista do Banco Master e professor de economia na FGV-SP, compartilhou suas opiniões com a CNN a respeito do impacto da revisão da Lei das Estatais.

De acordo com ele, a principal preocupação é que as empresas estatais possam começar a receber nomeações não baseadas em critérios técnicos, ou seja, pessoas que não possuem a capacidade necessária para administrar assuntos de interesse público e assumir posições de liderança nessas organizações.
“Isso pode gerar uma péssima impressão para o governo, caso tal tipo de nomeação ocorra – não estou afirmando que este seja o caso atual. Fazer nomeações inadequadas demonstra uma falta de comprometimento com o bem público”, declarou ele.

Gala explica que, em linhas gerais, a maior preocupação no mercado financeiro é o risco de politização excessiva das empresas estatais. Ou seja, a possibilidade de utilizá-las como fonte de empregos para fins políticos. “As estatais oferecem salários atrativos, são empresas influentes e financeiramente robustas. O grande temor é que cargos que exigem expertise técnica sejam preenchidos por indicações políticas, por pessoas que carecem de competência na área”, ele destacou.
Em sua opinião, as empresas estatais desempenham um papel extremamente importante para o país e, portanto, é crucial que sejam administradas por profissionais altamente qualificados. No entanto, ele enfatiza que é preciso evitar demonizar os políticos como um todo. “Existem muitos indivíduos competentes e capazes no cenário político. Aliás, o progresso do país depende disso”, afirmou.

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